
É notável que encontramos em centros-dia para idosos, nos consultórios de geriatras, nos serviços de gerontologia, nas instituições de longa permanência e no perfil dos inscritos para diferentes atividades propostas para o público acima dos 60 anos, a expressiva superioridade numérica das mulheres. Os dados estatísticos comprovam. Esse fenômeno é conhecido como feminização da velhice, representa que as mulheres são de fato maioria na fase da velhice. A estimativa da ONU para 2040 aponta que existirão 79 homens para cada 100 mulheres entre a população idosa, em âmbito mundial.
Diferentes aspectos levam as mulheres a viver mais do que os homens. A maior expectativa de vida feminina explica essa diferença. Contribuem para isso, no sexo masculino: maior exposição a riscos, acidentes no trabalho e no trânsito; hábitos nocivos, como fumar mais (19,2% contra 11,2%) e procurar atendimento médico com menos frequência do que as mulheres.
No Brasil, segundo o IBGE, a expectativa de vida das mulheres é de 79,9 anos, já a dos homens é de 72,8 anos.
Uma reflexão importante é que as mulheres vivem mais, mas não necessariamente vivem melhor, pois podem adoecer mais do que o sexo masculino. Este fato pode estar ligado às desigualdades sociais que as mulheres enfrentam e ao desempenho de múltiplos papéis, gerando sobrecarga de trabalho. Uma questão não desprezível é a discriminação racial e de gênero também presente nesta faixa etária. Sem poupança ou bens para sustentar um padrão de vida adequado na velhice, esse período pode ser bem difícil para o sexo feminino.
Por fim, é essencial que as mulheres cuidem de sua saúde física, psicológica, espiritual e financeira adicionando a sua rotina momentos de autocuidado e de prazer.❤
Ficou com dúvida sobre o tema? Mande sua pergunta para gente.
Kommentare