Este termo “cuidador” pode não fazer parte do seu dia a dia, especialmente se você é um familiar ou amigo de uma pessoa com câncer, e não um profissional contratado para tarefas definidas. É interessante notar que existem várias maneiras de ser um cuidador:
- Ajudar nas atividades diárias, como consultas médicas, preparar alimentos ou compras;
- Dar medicamentos ou ajudar com fisioterapia ou outras tarefas clínicas;
- Ajudar nas tarefas cotidianas, como usar o banheiro ou tomar banho;
- Coordenar cuidados e serviços à distância por telefone ou e-mail;
- Dar apoio emocional e espiritual.
Se você se identifica com um ou mais desses papeis – ou até mesmo com todos – saiba que você é um cuidador.
Para cuidar de alguém com câncer de forma sadia ao longo do tempo, é preciso entender as responsabilidades e a carga emocional envolvida, que vai além do momento do diagnóstico e dos primeiros encontros médicos.
Dar todo o suporte de que a pessoa amada necessita é um desejo louvável, mas muito difícil de ser cumprido sozinho e somente de maneira intuitiva.
É extremamente benéfico estar bem informado sobre o caso específico da pessoa cuidada e a respeito do universo do cuidar de alguém que passa por tratamento oncológico.
Embora algumas pessoas tendam a evitar um turbilhão de informações pela dificuldade de absorver a notícia do câncer, o ideal é que, com o passar dos dias e semanas, os cuidados que deseja oferecer ao seu ente querido despertem em você o interesse por conhecer melhor as condições da nova realidade que se impõe.
E aqui você não precisa se restringir a estar ciente dos obstáculos e limitações. Pelo contrário, é possível buscar apoio e conhecer opções, estratégias e alternativas que propiciarão melhores escolhas para a qualidade de vida do paciente e para a sua também.
Procurar e pedir ajuda precisa se tornar algo natural – seja para revezar nos cuidados que você realiza e evitar a sua sobrecarga, seja para resolver problemas novos ou complexos ou, ainda, para melhorar os processos que permeiam a sua rotina, por meio de treinamentos, acesso a tecnologias, conteúdos e troca de ideias, por exemplo.
Ter apoio de outros familiares, amigos, profissionais ou grupos que podem participar dessas diferentes maneiras é fundamental para que o cuidador preserve a sua saúde física e mental, que não deve ser colocada em segundo plano apenas porque não é você que está com câncer.
Ajudar a construir uma rede de apoio em volta da pessoa com câncer aumenta consideravelmente os benefícios para ela e as chances de o cuidador manter em alta os aspectos importantes da sua vida, cada pessoa fazendo as adaptações necessárias e possíveis durante a jornada.
Duv-Idoso e Instituto Oncoguia
Fontes:
Comentários