Devido ao aumento da população idosa e da expectativa de vida da população como um todo, o número de doenças crônicas, degenerativas e incapacitantes, também expandiu.
É difícil pensarmos em qualidade de vida quando nos deparamos com uma doença sem a possibilidade de cura, porém a prática dos cuidados paliativos surgiu para tornar isso possível. Essa prática visa a minimização do sofrimento e da dor do paciente em seu processo de morte e não se fixa apenas na morte e no paciente, mas em todo o círculo social, de suporte e as questões biológicas, psicológicas, espirituais, sociais que o abrangem.
Para o desenvolvimento dos cuidados paliativos se faz necessário a presença de uma equipe interdisciplinar e multiprofissional. Isso se torna complicado uma vez que os profissionais estão acostumados e foram treinados para tratar de pacientes com o foco apenas na doença e, quando em conjunto, apenas compartilham informações a respeito do quadro biológico do paciente.
Para um tratamento paliativo, é necessário que todos estejam alinhados com o mesmo objetivo e visando não apenas a doença, mas a tudo e todos que ela atinge. Os cuidados paliativos devem ser abordados à partir de uma ênfase interdisciplinar, onde todos os campos e esferas dos saberes e da saúde possam contribuir na relação entre prática e teoria, objetivando o foco ideal dos cuidados paliativos que é o de proporcionar uma integralidade do paciente e da família, além de favorecer um diálogo entre a interdisciplinaridade e o saber em saúde.
Referências:
BAÈRE, Thais Delmonte de; FAUSTINO, Andréa Mathes; MIRANDA, Alexandre Franco. A importância da prática interdisciplinar da equipe de saúde nos cuidados paliativos. 2017. 19 f.- Curso de Especialização em Saúde do Idoso, Universidade de Brasília, Brasília, 2017. Acesso em: 15/10/2020.
BEAUVOIR, Simone. A Velhice. Trad. Maria Helena Franco Monteiro. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. Acessado em: 15/10/2020.
