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O que o envelhecimento populacional do Japão pode ensinar ao Brasil?

Com 28% de idosos, o que equivale a 35 milhões de pessoas, o Japão é considerada a primeira sociedade super-envelhecida do mundo. O país foi a primeira grande exceção entre os países desenvolvidos, pois levou apenas 25 anos para passar pelo processo de envelhecimento da população.


Porém, os problemas enfrentados por lá podem servir de lição para mais investimentos e cuidados com idosos no Brasil, foi o que discorreu a tese de dissertação “Os desafios do Japão, a primeira sociedade super-envelhecida: envelhecimento, declínio populacional e a condição das mulheres japonesas” realizada pela pesquisadora Beatriz Kaori Miyakoshi Lopes, que analisou sob a orientação do professor Alexandre Ratsuo Uehara da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP a realidade do país asiático e os desafios que surgem com o envelhecimento, como a falta de mão-de-obra e os impactos na saúde e economia.


O envelhecimento, em geral, é uma marca de sucesso para um país, pois decorre do aumento da qualidade de vida dos cidadãos, mas também representa a necessidade de uma maior atenção de governos e cidadãos em políticas públicas e inclusão. No japão o envelhecimento impacta fortemente em outros problemas demográficos, como na diminuição da população economicamente ativa e em uma economia estagnada, principalmente devido a diminuição na taxa de fecundidade e por ser historicamente um país com imigração mais restrita, o que gera alguns conflitos intergeracionais, pois a sociedade e o governo consideram a camada idosa como um ‘peso’, com os jovens devendo arcar com os custos para sustentar as próximas gerações.


Por exemplo, há 1,8 milhão de cuidadores para 5,5 milhões de idosos que requerem cuidados, pois essa é uma profissão que jovens japoneses não têm interesse. O trabalho acaba sobrando para a robótica e para imigrantes, porém historicamente o Japão é um país com imigração mais restrita, diferentemente de outros países, onde estrangeiros repõem uma parte da força de trabalho para compensar o grande número de idosos.


O Brasil envelhece rapidamente. Dados do Banco Mundial mostram que 9,6% de nossa população é idosa, quase 17 milhões de pessoas. Apesar de caminharmos para uma sociedade idosa, ainda temos a noção de que somos jovens. Por isso, a pesquisadora Beatriz ressalta que a importância de um planejamento na infraestrutura de serviços, como saúde, educação, economia, transporte adequado às necessidades de pessoas idosas, etc. Sendo preciso investir para que a população envelheça no Brasil com qualidade de vida e dignidade, sem que os jovens tenham de arcar com custos e, enfim, garantir que a economia do país não desacelere ou entre em declínio.


Vale a reflexão!


Fonte:

https://jornal.usp.br/ciencias/o-que-o-envelhecimento-populacional-do-japao-pode-ensinar-ao-brasil/


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