Para muitos familiares, colegas e até mesmo profissionais, a velhice é a representação do retorno à infância. A partir de uma atitude de expressão do amor e do extremo cuidado, o idoso é tratado com expressões infantis que subestimam a sua história de vida e capacidade de compreensão desconsiderando escolhas e opiniões, retirando a autonomia e excluindo de conversas e discussões importantes.
A infantilização do idoso é uma atitude equivocada que pode fazer com que os idosos se sintam diminuídos e tenham sua autoestima e autoconfiança severamente afetadas, trazendo impactos biopsicossociais, gerando um declínio geral da pessoa idosa.
Exemplos de infantilização da população 60+:
Expressões no diminutivo;
Falar apenas com o acompanhante ou como se o idoso não estivesse presente;
Não inserir os idosos em programas como shows, teatros, festas e viagens em família;
Não comentar e conversar sobre temas da atualidade;
Desconsiderar a opinião da pessoa e o histórico dela em decisões.
Com isso é importante ressaltar que infantilizar a pessoa idosa vai além de usar expressões no diminutivo. Trata-se de um comportamento que envolve ignorar a autonomia e independência dessas pessoas somente levando em consideração sua idade ou mesmo um diagnóstico demencial. Por esses motivos, isso não é carinho e sim uma fonte de violência que gera traumas e conflitos perigosos.
O idoso não volta a ser criança, ele é uma pessoa que atingiu a velhice e possui uma história de vida que merece respeito e dignidade.
Referências:
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