O envelhecimento populacional vem trazendo novas demandas em diferentes áreas que devem se preparar adequadamente para receber esse crescente contingente de idosos e suas particularidades. Sendo assim na Odontologia também existe o crescimento da demanda de cuidados da saúde bucal da população idosa, inclusive, por essa razão, em 2001 o Conselho Federal de Odontologia reconheceu a Odontogeriatria como especialidade odontológica, sendo à época pioneiro em âmbito mundial a tomar essa decisão. Apesar desse avanço, a busca por essa especialidade ainda é muito baixa, mas com fortes tendências de crescimento.
A partir disso, temos alguns pontos principais a serem estudados nessa população: fatores sociais e demográficos na saúde oral do idoso, o envelhecimento no sistema mastigatório, diagnósticos e tratamentos das patologias mais frequentes e recorrentes na pessoa idosa e a influencia de um planejamento específico da saúde bucal dessa população
Como premissa devemos considerar todas as particularidades da pessoa idosa realizando uma cuidadosa anamnese já que o diagnóstico e determinação do tratamento podem ser fortemente influenciados por outras patologias e que muitas vezes o idoso pode não relatar na consulta, por achar que não tem relação com a saúde bucal, como por exemplo o tratamento recente de câncer, relatar todas as medicações em uso e cirurgias recentes.
Outra condição frequente e que pode desencadear uma série de consequências prejudiciais não só a saúde, mas a qualidade de vida da pessoa idosa é a chamada boca seca do idoso, que é a diminuição do fluxo salivar. A boca seca facilita o aparecimento de cáries, ajuda na digestão dos alimentos, ajuda a fixar a dentadura e isso tudo pode dificultar a alimentação, causar falta de outros nutrientes, pode levar a um quadro de anemia e consequentemente piorar ainda mais o fluxo salivar. Essa alteração do fluxo salivar pode alterar a percepção do sabor dos alimentos e idoso pode consequentemente perder a motivação para comer.
Por esses motivos e tantos outros, devemos sempre continuar mantendo a rotina de consultas periódicas ao dentista, mesmo sem queixas aparentes para que se possa prevenir e manter a saúde bucal em dia considerando todos os outros fatores que podem interferir na saúde de modo geral.
Consulte seu dentista pelo menos uma vez ao ano e mantenha sua rotina de cuidados diários sempre observando possíveis mudanças relacionados à higiene e saúde bucal
FONTE: https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/os-desafios-da-odontogeriatria/
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